quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Donna Con Te

com prosseco e salton

“Amar uma mulher como meu coração exigeprosseguiu –, constitui para meu espírito a consumação de seus mais ansiados ideais.”



Nesse ano que se inicia, recebi algumas imagens em minha vida, e nessa tela mental que passa como algo semelhante as fotos em vídeos, vi a sua em algumas delas. Nesse mundo invisível que se revela no meu interno, percebo que tenho que ter conhecimento para poder juntar esses fragmentos de imagens a ser revelado, ou se não fizer algo vai ficar oculto nessa minha existência.
No momento não me preocupo, mas fico muito inquieto com meu espírito pois sei que nada ocorre por acaso. Assim sendo, meus olhos tem a utilidade de criar imagens, muito más eficaz que as mais poderosas máquinas fotográficas porque todas as imagens que a vejo e crio, tive a oportunidade de fotografar você em muitos momentos, o tempo foi tão curto que o universo físico nem perceberá dessa existência. Mas no meu mundo interno esse tempo se tornou eterno, porque ele sempre viverá e quanto permanecer nessa existência.



O entendimento me mostra que; essa existência física existiu antes no plano invisível, ou seja na mente de quem a criou.
Vamos exemplificar, “O universo foi plasmado primeiro na mente universal de Deus”, e dar no impulso gerado por essa poderosa energia o universo começou a se expandir e a gerar sistemas como planetas, estrelas e etc.
Da mesma forma nos foi dado esse bem universal, e isso ficou relegado ao homem, algo tão maravilhoso que somos o único da espécie que temos a capacidade de criar, isso temos a faculdade de criar algo novo, porque nessa mente universal foi deixado esse propósito, mas para isso foi deixado também muitas leis universais invisíveis para controlar, regular esse universo.


No inicio quando o homem, ainda caminhava, comia, dormia e voltava a caminhar novamente, como nômade sem, terra, sem pátria; embora hoje muitos ainda o fazem isso, e onde eu me encontro também. 

O que quero dizer é antes, quando o homem não tinha conhecimento, melhor não tinha consciência para poder identificar essas mensagens enviadas por Deus em conhecimento, deixou ao seu lado alguém, a mulher com sua sensibilidade, para lhe inspirar nessa mais nobre tarefa de desvendar esse mundo superior.

Vamos entender melhor como isso funciona, deixando com González Pecotche, quem mais entende sobre o mundo interno e mental da psicologia humana: Está no livro Intermédio Logosófico – Os dois amores página 95 e em Senhor De Sándara – página 307.

“Em sua fisionomia notava-se a segurança de seus pen­samentos e em seus olhos se observava todo o encanto de sua beleza interior, confirmada em cada oportunidade por sua voz suave e serena. Certo dia um de seus bons amigos perguntou-lhe em tom de confidência:

- Diga-me, que conceito tem formado da vida? Não pensou nunca em amar a uma mulher que venha a ser . . . (uma página ausente – leia o livro “risos”).


Seguiu-se um profundo silêncio, durante o qual a mirada do amigo parecia querer perscrutar o semblante melancólico do jovem pensador. Finalmente, depois de uma prolongada meditação, este começou a responder às perguntas que aquele formulara:

É verdade tudo quanto disse, efetivamente. Mas a causa que constitui essa verdade estranha todo um mistério; o que você percebe é tão somente o reflexo ou a imagem de verdades superiores. Mas o amor real, do qual tenho lhe falado superficialmente em algumas ocasiões, não é, como pensa, o único que reside no meu coração; minha humana natureza, ao exigir-me que albergue nele o amor à humanidade, me obriga, para não descer ao plano do reino inferior ao homem, buscar o aliciante do espírito e amar o verdadeiro, a fim de não me ver subjugado pela matéria e evitar que meu coração se endureça com o egoísmo das paixões humanas. 


Amar uma mulher como meu coração exige - prosseguiu -, constitui para meu espírito a consumação de seus mais ansiados ideais. Uma mulher que compreenda a silenciosa linguagem do meu coração; que seja como eu sou; que me acompanhe no longo sendeiro da evolução e que se irmane com minha alma, para que um dia cheguemos os dois aos sublimes graus da perfeição. 


Uma mulher em cujos olhos possa ler, em meus momentos de íntima meditação, todo um poema de amor, iniciado já em épocas passadas; uma mulher que reúna em si todos os encantos da Natureza; uma mulher, enfim, que seja o oásis de todas as minhas inquietudes . . . (continua no livro “risos”).

Tive um amor ao qual meus delicados sentimentos tributaram a maior devoção; amor no qual acreditei, embora palidamente, ver refletido aquele. Mas as necessidades físicas, com suas inseparáveis companheiras de adversidade, me fizeram descuidar o rumo que traçara a meus pensamentos; pouco depois, a realidade do ambiente criado foi apagando a imagem do ideal forjado, aparecendo em seu lugar a fisionomia de quem ri de nossas desventuras. No entanto, não posso me queixar, porque agora compreendo que exigia uma prenda que, muito possivelmente, não me pertencia. Por outra parte, minhas imperfeições me falam da impossibilidade de conciliar a fantasia com a realidade.

 

Lembro-me que uma vez tive um sonho durante o qual alguém parecia me dizer: 'Um dia destes, talvez não longínquo, achará acidentalmente, em certo lugar, a mulher que constitui seu ideal; mas advirto que a encontrará muito diferente de como a forjou. Só de você depende e nas suas mãos estará modelar sua imagem à semelhança da que seus pensamentos perfilaram em seu coração". 

Compreendi, ao escutar estas palavras, que, assim como somos capazes de esboçar em nossa mente o desenho de esculturas tão perfeitas, deveríamos também, ser capazes de realizá­-las no humano coração da mulher. Sim, meu bom amigo; assim é o homem ... Pretende sempre, nisto como em tudo, adquirir as coisas feitas; feitas conforme as exigências de sua néscia pretensão. Mas não pensa que são suas próprias mãos as que devem empunhar o martelo e o buril para modelar essa escultura humana, pois tão somente elas podem executá-la com perfeição, porque seu coração e sua mente são os únicos órgãos capazes de conceber o segredo dessa imagem intima e profunda que contém as sublimes belezas do original.

Sensatas palavras as suas - respondeu o amigo -, mas para que o homem empunhe o martelo da tenacidade, que simboliza o trabalho do operário infatigável, e o buril da constância, que significa a não interrupção do mesmo, a continuidade no esforço até completar a obra, deve antes pôr-se em condições, e, para isto, deve adquiri-las, uma vez que a maioria carece em absoluto de conhecimentos tão profundos.


- É uma verdade o que expressou, e a falta desses conhecimentos é, justamente, o que submerge o gênero humano na infelicidade, que é a incompreensão das coisas verdadeiras e eternas. 

Assim é como a maioria dos lares são verdadeiros cárceres humanos, onde o amor, ao se afastar dos corações dos cônjuges por desaparecer o ideal que cada um forjara intimamente, sente que o frio da realidade apaga pouco a pouco as chamas de sua ilusão. 

E tudo, por que?... Porque tanto o homem como a mulher, jamais pensam, ao casar-se, que é este um dos atos de mais sagrada transcendência para a vida do espírito, por entranhar de per si um dos mistérios da Criação. Se dirigir seus olhas à maioria dos lares, contemplará a mesma dolorosa realidade: parecem verdadeiras tumbas do amor humano, cobertas de flores murchas e desfolhadas. E os filhos, essas inocentes criaturas que assistem perplexos ao drama triste e sensível de seus próprios pais, não lhe sugerem a idéia de meditar sobre tudo quanto tenho referido?

Sim; compreendo, sem lugar a dúvidas, que nada deve ser feito fora de hora, e muito menos, sem meditar as conseqüências. Também compreendo agora, através do brilhante reflexo de suas palavras, a diferença que existe entre o amor comum e o amor verdadeiro. O primeiro é fogoso, impulsivo, cheio de violência. Tão logo desperta, giram os instintos; surge o desejo de possessão, atormentando o coração e fazendo-o padecer o sofrimento de uma constante amargura.


Os ciúmes, o egoísmo e o desejo perturbam constantemente a ação mental, e, pouco a pouco, a vontade se inverte; rompe-se o equilíbrio polar e uma nova adversária surge no cenário interno: a ansiedade, que priva do sono.

O verdadeiro amor não se expressa com palavras ocas, cheias de sonoridade para impressionar e cativar, senão com a eloqüência do silêncio, que é música de anjos, canto de virgens. 

Esse amor jamais se expressa com palavras, em fingidas expressões de doçura, senão que vive no coração, sem contaminar-se com a atmosfera externa. 

- Sabemos que quando Deus criou o homem e o consagrou rei da Criação, notou que algo lhe faltava para completar a obra; esse algo era, precisamente, a mulher, o encanto da mulher que, com sua sensibilidade, simboliza o aspecto divino da existência do homem. Ela lhe foi apresentada como companheira e colaboradora da obra que ele devia erigir sobre a terra: a família humana e o mundo. Foi-lhe apresentada, também, para que visse refletidos nela todos os encantos da Natureza e para que compreendesse que devia ser para ele o reflexo de sua própria alma, feminina também; vale dizer, para que sempre tivesse presente que essa imagem, posta frente a ele, não tinha por finalidade satisfazer, simplesmente, as prementes exigências do instinto, senão para adquirir aquilo que, nela manifesto, está igualmente dentro de seu próprio ser. É, pois, a mulher, a expressão manifesta do espírito do homem, como o homem, a expressão manifesta do espírito da mulher.


Nada há que possua mais encantos - prosseguiu - que a pureza de uma mulher, manifestada em seu coração de esposa e de mãe; pureza que fala a ela mesma da missão insubstituível de sua existência. Se Deus concedeu ao homem a força para manejar o martelo e o buril, também concedeu à mulher a graça para ser modelada. Está, então, no homem, tal como na mulher, o supremo direito de alcançar a perfeição. Se o primeiro tem a força de sua inteligência para esgrimir o buril com suprema destreza, ela deve ter a força de sua espiritualidade para facilitar a obra e convertê-la em realidade. Livro: Intermédio Logosófico – Os dois amores -página 95 – González Pecotche – Clique na imagem do livro para acessar o site da editora.


“Recordou as passagens iniciais do espírito na Terra. A ave, acostumada a voar com liberdade, sentia-se escrava, oprimida entre as grades da carne. Extenuada pela dor, mergulhou finalmente em profundo sono, circunstância que Deus aproveitou para dar o toque cósmico à sua criação, fazendo emergir de sua divina alquimia a mulher. 

Que causas haviam intervindo na divisão anatômica da célula humana?... 


Não havia dúvida, a necessidade do núcleo para que se encadeasse a espécie. Tanto o homem como a mulher haviam sido dotados do poder de pensar, de sentir, de amar, de criar e de procriar, com o que essa finalidade se iria cumprindo cronologicamente. Porém ainda descobriu algo mais, e era o papel principalíssimo que a mulher teria de desempenhar na vida do homem, uma vez que na feminina natureza está contida grande parte dos mistérios que o homem deverá descobrir para alcançar sua elevação aos domínios da sabedoria.


Com tais perspectivas, o espírito havia começado, dentro do invólucro humano, sua evolução através de sucessivas e intermináveis centenas de séculos. Era uma evolução lenta porque a consciência, inerte, havia mergulhado em profundo sono e, como a bela adormecida do bosque, esperava que seu dono, aprendendo seu nome, a chamasse e, despertando-a, lhe oferecesse o cetro da vida. Que significado tinha isso?... Que o homem devia alcançar a mais cobiçada e incomparável de todas as posses com a qual a franquia e o conhecimento do mundo supra-sensível haveriam de se tornar propícios. 


Página 307 – Livro: O Senhor De Sándara – que completou em 2009 seu 50ª. Aniversário da 1ª. Edição, onde foi comemorado em palestras pelos estudantes de logosofia na livraria Saraiva no shopping Ibirapuera no dia 14-12-2009. Esse livro custa R$ 47,00 e está sendo custeada pelos estudantes de logosofia, e vendido com promoção dessa comemoração por R$ 15,00, digo de passagem que esse é meu livro numero um de cabeceira.